terça-feira, 23 de dezembro de 2014

2014: UM ANO PARA NÃO ESQUECER



O magnífico discurso proferido por um emocionado Flávio Dino na cerimônia de diplomação dos eleitos neste ano mostrou que o futuro governador - hoje sem sombra de dúvidas o maior e mais popular líder político do estado - está atento a realidade de um estado dominado pela pobreza, mas pela esperança de que tudo vai mudar.  

Ao falar sobre o significado do diploma que acabara de receber, deu a essência do que norteará suas ações no governo. Ali simbolicamente estavam os Josés, as Marias os Raimundos e todas aquelas pessoas do povo que o receberam em suas andanças, nas portas de suas casas humildes e que diziam que oravam por ele, que acreditavam nele, que precisavam dele. Isto reafirma mais uma vez que o mais importante a fazer é dar àquelas pessoas a oportunidade de uma vida digna, o que nunca tiveram nesses anos de domínio absoluto da família Sarney.   

E foram exatamente esses anos de domínio, sobretudo nos governos de Roseana Sarney e Lobão, na década de 90, que, de tão ruins para a população, foram chamados de década perdida. Já nos tempos mais recentes, depois do golpe jurídico que tirou Jackson lago do governo, tudo se agravou. Quanto a tal década perdida, eu, no meu governo, reverti a situação vexaminosa e Jackson continuou esse trabalho de recuperação. Contudo, a volta de Roseana Sarney ao governo pôs tudo a perder e o Maranhão está chegando ao fundo de um poço muito profundo de pobreza, corrupção e indiferença. 

Só para citar indicadores mais recentes  - divulgados agora - o Maranhão tem o maior contingente de pessoas passando fome ou com muita dificuldade para obter a alimentação de cada dia. Na verdade quase metade da população enfrenta muitas dificuldades todos os dias. Outro dado terrível é que temos o maior número de miseráveis entre todos os estados brasileiros comparativamente à sua população e mais da metade de nossos jovens estudantes não conseguem interpretar um texto. Vou me deter aqui, mas tudo é muito ruim, qualquer indicador social. Isso sem falar que temos a pior renda individual do país.

É esse quadro desolador que o novo governador vai encontrar. E o pior é que tudo está envolto em mistério, nada de relevante é fornecido, como se quisessem atrapalhar o Maranhão pela última vez em uma despedida melancólica e sem sentido. Contudo, nada disso fará mudar a realidade do descalabro financeiro que querem ocultar até a última hora, dos malfeitos, das coisas sem explicação, dos desvios de finalidade, prática comum do governo que sai, encerrando esse ciclo sombrio de poder que nos deixa uma herança maldita.

E isso se dá em todos os setores governamentais. Pouco se pode aproveitar e quase nada, continuar. É como se no Maranhão tudo precisasse começar do zero. Ou “menos de zero” em alguns setores. 

No setor do gás, por exemplo, uma riqueza estratégica e fundamental foi toda entregue a Eyke Batista, o empresário amigo e maior financiador das campanhas da família, para usar como quisesse, como se dele fosse. E então todo o gás até aquele momento disponível foi usado para gerar energia em termelétricas que não deixam nada para o Maranhão. Vamos ter muito trabalho e colaboração, inclusive das empresas que hoje sucederam o ex-megaempresário, a fim de disponibilizarmos um pouco do gás maranhense para atender os verdadeiros interesses do estado, ou seja, a industrialização, os empregos e a renda.

Flávio confirma cada vez mais que está preparado para governar e enfrentar os desafios. Acredito que fará um governo marcante que mudará o Maranhão.

A cerimônia de diplomação dos eleitos foi um momento de recordações para todos nós. Lembrei-me de tudo que tive que passar desde que houve o rompimento com a família Sarney até aquele momento. Para mim tudo aquilo tinha um sabor especial, de reconhecimento pela minha participação na saga recente do Maranhão. Fiquei muito feliz de estar ali naquele instante.

Sei que despertei ódios imensos, afinal foram duas vitórias que tivemos, esta última definitiva. Entretanto, sei que,  enquanto tiverem algum poder, serei sempre o alvo maior e que esse capítulo pessoal ainda não se encerrou. Minha vida sempre foi de lutas e estarei sempre pronto para enfrentar a ira dos poderosos.

Obrigado, Maranhão, pelo apoio que sempre recebi da população! 

Feliz Natal a todos!